Entre os destaques do Festival Jazz & Blues em sua edição 2020, o show "Invento +" reúne uma das mais aplaudidas cantoras e compositoras brasileiras a um instrumentista referencial em inúmeros shows e discos que marcaram época, fizeram história.

O duo de Zélia Duncan e Jaques Morelenbaum, premiado pelo disco de mesmo nome, ousado e corajoso projeto dedicado à música de Milton Nascimento e parceiros, será apresentado especialmente para o Festival Jazz & Blues. O espetáculo, que teve plateias lotadas Brasil afora, já havia tido sua turnê encerrada. Atendendo ao convite do festival, Zélia e Jaques subirão ao palco novamente com estas certas canções, em Guaramiranga e Fortaleza. Um presente para o público, nesta 21a. edição.

Com esse disco, Zélia ganhou o prêmio de Melhor Cantora na categoria MPB na 29ª. Edição do Prêmio da Música Brasileira. Os méritos da intérprete nesse álbum em que se mostra apurada, concisa, detalhista, cheia de alma, expressão e sentimento ao guiar o ouvinte por reinvenções de algumas das mais consagradas criações de Milton e parceiros se soma  à ourivesaria de Jaques Morelenbaum esculpindo novas melodias, linhas de baixo, levadas rítmicas, efeitos percussivos, frases e riffs com e sem arco, preenchendo espaços mas jogando também com o silêncio, como que a demonstrar todas as possibilidades do violoncelo.  Voz e cello, ambos instrumentos se lançando ao desafio, ao incerto e ao aplauso. Um duo. Indivisível.

"Ponta de areia", "San Vicente", "Cravo e canela", "O que foi feito devera", "Encontros e despedidas", "Travessia", "O que será (à flor da pele)" se unem a outras referências para a dupla, como a belíssima "Mistérios" (Joyce/Mauricio Maestro), "Volver a los 17", de Violeta Parra, e “Fazenda”, de Nelson Angelo, gravada por Milton no álbum "Geraes", de 1976 - a primeira música que Zélia cantou, aos 16 anos, revela a intérprete. Aplausos a Zélia e Jaques!

Zélia Duncan - voz
Jaques Morelenbaum - violoncelo

Foto: Leo Aversa